quinta-feira, 16 de julho de 2009

Photographers: André Brito


Nasceu no Porto, em 1972, e desde muito pequeno teve uma ligação forte com a fotografia, graças ao pai com quem passava horas na câmara escura, tal como o próprio diz, a assistir ao "milagre" da revelação. "Foi com ele que aprendi os princípios básicos da fotografia, algo como «para a fotografia ficar bem tens que colocar esse ponteirinho bem no meio...», referindo-se ao revolucionário ponteiro Photomic da sua Nikon F". Quando o seu pai faleceu herdou as suas câmaras fotográficas e, desde então, nunca mais parou de fotografar. Amigos, pessoas na rua, férias; tudo era um motivo para carregar no obturador. Depois de concluir a licenciatura na área das tecnologias, com o dinheiro dos primeiros ordenados comprou uma reflex com auto foco. "Na altura a escolha caiu sobre uma Canon EOS 500n. Gostava muito de sair para a rua e fotografar o que via. Usava muitos diapositivos; sempre me fascinaram pela sua luminosidade e pelas suas cores vivas, Foi nessa altura que conciliei duas das minhas paixões: a fotografia e o mergulho com escafandro autónomo. Numa questão de meses a EOS 500n já estava debaixo de água, dentro de uma caixa estanque... e foi a fotografia subaquática que me levou a evoluir muito em termos técnicos, pois é uma disciplina muito exigente em termos de iluminação artificial", relembra André.




O nu artístico

Foi em 2003 que surgiram os trabalhos nas áreas de nus, para os quais improvisava "estúdios artesanais" com candeeiros de halogéneo, cartolinas a servir de panelas reflectores e modeladoras e caixas de luz feitas com caixotes de papelão. Em 2004 fotografava com 3 flashes 550EX da Canon sincronizados e também com uma série de acessórios modeladores de luz construídos artesanalmente. No início de 2005 comprou, finalmente, o seu primeiro kit de iluminação e encontrou um espaço para montar um estúdio. "Foi o meu melhor investimento, pois, nessa altura, senti uma grande evolução." O trabalho de nus de André Brito pode ser dividido em duas áreas: estúdio e exteriores. Em estúdio, adopta estilos diferentes, que podem variar entre movimentos e grafismos estáticos e simétricos. Por norma, adopta poses em tensão, com alguma sensualidade, mas sempre mostrando um corpo feminino forte e poderoso.




Quanto à importância dos elementos na imagem, André divide-a entre a pose e a iluminação. Segundo o fotógrafo, são estes dois ingredientes que compõem a maior parte das suas imagens de estúdio, e um não funciona sem o outro. "Em estúdio sou muito meticuloso com a iluminação. è uma das marcas do meu trabalho. Uso-a de forma a desenhar o corpo, a salientar a musculatura ou as linhas corporais e, para cada pose, a iluminação é de novo trabalhada. Alguns centímetros de diferença na distância da luz ao corpo, o ângulo de iluminação ou ao ângulo em relação à câmara fazem a diferença. Daí que a preparação da luz seja demorada", refere André. Cada detalhe dos trabalhos de estúdio é meticulosamente pensado, o que leva, por vezes, a insistir na mesma ideia durante meses, até a conseguir concretizar. "Acho que é uma parte muito importante e que muitos fotógrafos nesta área negligenciam. É claro que mesmo com todo o planeamento, há sempre lugar para alterações de última hora, mas na maior parte das vezes corre tudo como o planeado. Um dos segredos do meu trabalho, sobretudo em estúdio, é o facto de ser muito perfeccionista - se a imagem não estiver a 100 por cento, não desisto até a conseguir." Quanto a trabalhos em exteriores, a importância dos elementos da imagem altera-se, pois há mais um aspecto a ter em conta - o ambiente. A pose passa a ter maior relevância, pois é através dela que a modelo se integra, ou não, no "cenário". "Esse é o maior desafio que encontro nas imagens de exteriores, a conseguir uma integração harmoniosa ou, pelo contrário, em choque, com o ambiente.




Nas sessões de exteriores o planeamento passa pela visita prévia ao local onde vou fotografar, de preferência com a modelo, para que possamos estudar os locais e poses a adoptar, assim como imaginar e decidir qual a melhor altura do dia para a execução. Com a luz ambiente em jogo, as minhas preferências vão quase sempre para o início ou final do dia, quando a luz é menos intensa e não cria tantas sombras. Mas um dia nublado pode facilitar tudo isso e proporcionar algumas horas extra de sessão. Por vezes, para puxar um pouco os brilhos da pele, utilizo luz artificial, seja com um pequeno flash na sapata da câmara, um flash externo em disparo remoto ou mesmo luz de estúdio, quando se justifica." Questionado sobre a sua tendência para as imagens a preto e branco, André afirma que não tem nenhuma razão em especial. "Apenas me agrada mais visualmente, e gosto do preto e branco levemente aquecido. Comecei por apresentar os meus trabalhos assim, e assim ficou até hoje. Acho que é uma marca do meu estilo. Quando fotografo já o faço a pensar na imagem com essa tonalidade e nunca tenho dúvidas quanto à sua aplicação. Hesitei apenas uma vez com uma imagem captada numa praia de areia negra: o azul do céu reflectido na água de uma onda, que restava e recuava na areia negra, fazia um efeito incrível, mas acabeo por ceder... resultava também muito bem em monocromático e a prova é que a imagem acabou por ser um sucesso!"


Corpo sem rosto

Uma das principais características dos nus de André Brito é o facto de nunca captar os rostos das modelos que fotografa. Mas para o fotógrafo isso tem uma explicação lógica. "Fotografando o corpo feminino e apresentando-o sem face - sem uma identidade - mais facilmente consigo fazer com que qualquer mulher se possa ver naquele corpo, se possa identificar com ele, se possa sentir nele, possa sentir a sua força.. caso fosse visível a cara, aquele corpo já teria "dono", sendo mais difícil a quem visualiza a imagem poder "sentir-se" nele. Para além disso, assim protejo a identidade da modelo. Apesar de nas minhas imagens a mulher ser dignificada, em Portugal, ainda é complicado lidar com o nu de forma natural."





O poder da internet

André acredita que em termos de divulgação, a Internet é actualmente o local de eleição para a publicação de portefólios. "Existem inúmeras comunidades nas quais se podem expor trabalhos fotográficos e há muitos profissionais de várias áreas ligadas à fotografia a procurar trabalhos e talentos nessas comunidades. Digo sempre a quem está a começar que é uma forma barata, acessível, prática e eficaz de divulgar trabalhos fotográficos." E deixa ainda um conselho aos aspirantes a fotógrafos de sucesso: "Na minha opinião deve mostrar-se pouco e apenas o muito bom, o que realmente acreditamos ser uma excelente imagem." O seu trabalho tem tido grande aceitação e reconhecimento, contando já com publicações em diversas revistas e livros nacionais e estrangeiros. Ao nível da Publicidade tem sido solicitado pelos mercados de SPA, Clínicas e Institutos de Beleza e Cirurgia Estética, Health Clubs, Ginásios e, pontualmente, noutras áreas bastante diferenciadas.




Em termos de venda de obras ao nível artístico, tem tido algumas solicitações, sobretudo vindas do estrangeiro. Apesar das limitações existentes num mercado tão pequeno como o português, André afirma que a Internet acabou com as fronteiras físicas na área de venda de imagens. "Falo em termos do meu trabalho de nu, que é um trabalho que desenvolvo por mim próprio, e que, depois de exposto, pode ser alvo de aquisição. Mas quando falamos em termos da fotografia de Moda, por exemplo, uma outra área onde estou inserido - aí sim, o mercado é muito pequeno... digamos que se nota muito mais essa limitação e falta de dinamismo em áreas de fotografia por encomenda".



in O Mundo da Fotografia Digital

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Photographers: Eugénio Recuenco

Para todos os que gostam de fotografia de moda o nome de Eugénio Recuenco é certamente uma referência de qualidade e originalidade. Este fotógrafo espanhol é considerado um dos melhores fotógrafos de moda em todo o mundo.


Os seus trabalhos são uma simbiose entre a criatividade a técnica irrepreensível o que dá origem a fotografias visualmente deslumbrantes e arrebatadores. Não é por acaso que ele é requisitado pelas grandes agências de publicidade para fotografar as campanhas das mais importantes marcas da alta-costura. O seu currículo no mundo da moda é impressionante pois já fotografou para a Chanel, Boucheron, Diesel, Louis Vuitton, Carolina Herrera, entre outras. Trabalha com exclusividade para a Vogue España e tem trabalhos publicados em vários editoriais como Madame Fígaro e com Naty Abascal para a Hola. Já recebeu inúmeros prémios pelos trabalhos realizados, um dos mais importantes foi o Prémio ABC pela sua obra “Concepcion, Parto, Juego y Educación”.


Possui um estilo muito pessoal e arrojado definido como cinematográfico uma vez que ele apresenta as suas fotografias numa sequência visual próxima da cinematográfica. Extremamente teatrais e envoltas numa aura de mistério e exotismo as suas sequências de fotografias contam histórias clássicas, de aventuras ou do futuro facilmente identificadas com grandes clássicos do cinema mundial. A composição dos cenários e o dramatismo das personagens é extremamente rigorosa e o domínio da cor e luz é espectacular. O resultado são fotografias fantásticas de grande beleza cénica e que, naturalmente, passam a mensagem comercial pretendida.


Recuenco dedica-se também à criação de alguns pequenos filmes onde mais uma vez a sua criatividade é o ponto chave do seu trabalho. Mais em:

http://www.eugeniorecuenco.com/films/films_nina.html
http://www.eugeniorecuenco.com/films/films_vanderbilt.html



quarta-feira, 8 de abril de 2009

Photographers: Peter Lindbergh - o poeta do glamour


Peter Lindbergh é sem dúvida alguma um ponto de referência na fotografia de moda dos anos 90, e o seu trabalho faz com que continue a ser procurado por marcas como Dior, H&M e Lancome para este verão de 2009.


Nascido na alemanha, Lindbergh estudou pintura e só em 1971 deu o salto para a fotografia e foi logo em 1978 que se decide a mudar-se para Paris para ser fotógrafo de moda.


Lindbergh é uma das pessoas a ser associado a nomes como Christy Turlington, Naomi Campbell, Linda Evangelista, Cindy Crawford e Stephany Seymour.


Fica aqui também a proposta da V Man para o verão deste ano, sobre a perspectiva de Lindbergh

Looks de verão de Balenciaga, Comme des Garçons, Prada e Jil Sander (respectivamente).

segunda-feira, 30 de março de 2009

Photographers: Richard Avedon

Richard Avedon, nascido em 1923 em Nova Iorque, alcançou grande notoriedade com as suas fotografias de moda, em que expressava visões de um mundo de imagens vivo e natural. Deixou de tirar fotografias no seu estúdio e levou os modelos para as ruas de Paris, cafés e espectáculos. A fotografia Dovima com Elefantes, Vestido de Noite de Dior, Circo de Inverno, Paris 1955 é a mais conhecida de Avedon e certamente uma das mais invulgares do autor. É rica em contrastes e simultaneamente, é uma expressão de elegância indescritível. Esta fotografia marca o início de uma nova era na fotografia encenada.

As fotografias de moda de Avedon, que foram diminuindo de forma regular ao longo dos anos e que durante os anos setenta se tornaram semelhantes aos retratos do artista, transformaram-se na norma-padrão para toda uma geração de fotógrafos.
As suas telas fotográficas de grande formato tornaram-se um novo marco miliário na história da fotografia. Entre outros, criou retratos de membros da "Warhol Factory", dos "Chicago Seven", da "Ginsberg Family" e do "Mission Council".

Mais recentemente, tirou fotografias da nobreza italiana, onde fez uso, pela primeira vez das possibilidades das colagens de imagens.
Avedon era considerado um dos melhores fotógrafos vivos, até que morre a 1 de Outubro de 2004 (ano em que é fundada a Richard Avedon Foundation). Só na cidade de Nova Iorque, pode gabar-se de exposições no Museum of Modern Art, no Metropolitan Museum e no Whitney Museum of American Art.


sábado, 28 de março de 2009

in rainbows



Sétimo álbum de originais dos Radiohead e o primeiro que editam sem o selo de uma editora. A liberdade levou-os a apresentar uma colecção de canções com vida própria, que podiam perfeitamente viver independentes umas das outras. In Rainbows é também o primeiro registo da banda depois de Thom Yorke editar The Eraser , a sua estreia a solo. Podendo ou não ser uma reacção à linha mais electrónica do registo de Yorke (e dos últimos discos da banda), In Rainbows deixa os instrumentos respirar: há guitarras fortes em «Bodysnatchers», bateria suave em «Nude», cordas sublimes em «Faust Arp» e guitarras ondulantes em «Reckoner». A melancólica voz de Yorke também respira melhor, passeia-se por ambientes menos claustrofóbicos, cresce e transfigura-se em cada música. «15 Step» abre o disco em euforia contagiante – é provavelmente a peça que mais dificilmente encaixa em In Rainbows , sem que isto seja um aspecto negativo – mas o álbum atinge o ponto mais alto com os belíssimos, apaixonados e etéreos «All I Need», «House of Cards» e «Videotape», o inquietante tema de encerramento.

Quando defendido como um todo, o álbum não encherá as medidas dos mais exigentes, mas cada canção é uma surpresa pronta a ser desembrulhada. E é assim que faz sentido. Correcção: In Rainbows não é um bom álbum, é antes uma belíssima colecção de canções. Continuam a ter talento abundante, continuam a saber o que querem e a mostrar-se bem focados. Continuando assim, os Radiohead vão permanecer uma das melhores bandas deste século, como foram do anterior.
in Blitz

quinta-feira, 26 de março de 2009

Project Kahn: criado para desafiar o convencional e redefinir ideais




Os 18 anos de experiência de A. Kahn e a sua paixão por automóveis foram os impulsionadores do Project Kahn, criado em 2003. A uma pequena distância da pressão da rotina e da conformidade, o convencional foi desafiado e a sua existência redefinida. Os limites foram postos de parte, para que fosse possível acreditar que a forma como vemos o mundo pode ser diferente.


“Luxury bespoke vehicles for individuals that refuse to submit to a life of monotonous uniformity and that will only accept perfection”

Palavras de A. Kahn que vêm reforçar os ideais desta empresa inglesa, até à data, sem igual.

Desde o inicio que cada produto do Project Kahn se transforma na mais bela peça de arte, um clássico intemporal que reflecte com qualidade e individualidade um estilo fundamentalmente europeu. Luxo e exclusividade, em marcas como Aston Martin, Bentley, Mercedes, Porsche, Range Rover e Rolls Royce entre outras, dando aos seus clientes o veículo dos seus sonhos, libertando-se dos tão pré-concebidos modelos de outras preparadoras automóveis.

Como se não bastasse, o Project Kahn encontra-se em expansão, tendo já uma colecção de relógios designados por Kahn TimePieces, e também uma selecção muito especial de casas e apartamentos designados por Kahn Landmark, onde mais uma vez luxo e exclusividade são os principais pontos de relevo.

“To build special vehicles for a small circle of people who have taste for exclusivity and the finer things in life… finest quality, to the last detail.”